O jornalista Eurico de Barros lembrou na sua página de Facebook um evento de grande impacto que aconteceu no antigo cinema Roma, em Alvalade, a 30 de março de 1980. Foi a “Festa do Tintin”, organizada em parceria com a livraria Bertrand, e o levantamento de bilhetes podia ser feito com a apresentação da revista Tintin 46 (uma publicação que compilava a melhor banda desenhada franco-belga, que foi para as bancas até 1982).
Foi um verdadeiro festival de desenhos animados, apresentado por Vasco Granja, com as curtas de animação da Warner que os nascidos nos anos 1960/1970 viam na RTP, e a estreia do filme “Eu, Tintin” (1976) que acabaria por ser exibido no Cinema Estúdio. O registo mistura documentário (com intervenções de Hergé, o criador de Tintim), e animação (com a recriação de momentos das histórias do jornalista belga).
“As aventuras de Tim-Tim” (1961) estreou no cinema Condes a uma semana do Natal deste ano e tinha como grande novidade ser o primeiro filme a adaptar uma aventura do repórter belga em imagem real.
Neste caso tratava-se da obra “Tintim e o Mistério do Tosão de Ouro”. Infelizmente o filme não teve o sucesso internacional esperado, o que impediu que surgissem novos filmes de imagem real sobre Tintim até 2011, ano em que estreou o filme de Spielberg “ As aventuras de Tintim: o segredo do Licorne”.
Museu dos Cinemas 