Pois é, tempos houve em que existiam clubes de vídeo, espaços com atendimento mais ou menos personalizado, que agregavam sócios moradores do bairro em que se encontrava, em que podíamos alugar por 24 ou 48 horas um VHS e mais tarde o DVD.
O melhor de tudo era podermos dar largas à liberdade de escolher aquele sucesso do cinema ou descobrir um tesouro escondido que não conhecíamos ou seguir a sugestão do funcionário do videoclube com gosto mais elaborado.
Fui sócio de três videoclubes, mas o Big Videocentro, que ficava na Avenida João XXI, em Lisboa, era de facto o maior e mais completo. Lembro-me que passava muito tempo a visualizar aquela imensidão de títulos até escolher, e no final levava apenas um filme, às vezes dois. Tinha uma enorme liberdade cinéfila e não sabia, já que a oferta dos videoclubes das operadoras de cabo e os canais de streaming acabam por ter uma seleção de filmes pouco variada.
Quanto a estas lojas, depois do boom dos anos 1980-1990, acabariam por desaparecer depois dos anos 2010 com a generalização do suporte digital e da televisão por cabo.
Museu dos Cinemas 